Pedras na Vesícula

Vesícula biliar
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Pedras na vesícula, preciso operar?

A vesícula biliar armazena a bile, substância responsável por facilitar a absorção das gorduras. Ela é composta por água, sais biliares, colesterol e bilirrubina. Essas substâncias podem “cristalizar”, uma vez que a bile na vesícula fica mais concentrada.

Esses cristais juntos podem formar os cálculos. Estes podem ser tão pequenos como sementinhas de uva ou atingir o tamanho de bolas de ping-pong.

A depender do tamanho do cálculo, pode-se ter determinadas complicações – cálculos pequenos, em geral menores que 5mm, podem sair da vesícula e gerar coledocolitíase (quando o cálculo impacta na via biliar) ou pancreatite (quando há uma inflamação no pâncreas decorrente da passagem do cálculo).

Quando o cálculo é grande pode impactar dentro da vesícula e gerar colecistite (inflamação da vesícula) ou câncer de vesícula.

Meu exame de ultrassom mostrou pedras na vesícula, preciso operar?

Dans la médécine, comme dans l’amour, ni jamais ni toujours, diziam os antigos clínicos franceses – na medicina, como no amor, nem nunca nem sempre. E essa máxima, é a mais pura verdade.

Se o paciente tem dor, a cirurgia está indicada, sem questionamento.

Em casos assintomáticos de pedra na vesícula, é importante discutir a indicação da cirurgia.

Paciente é diabético? Qual tamanho dos cálculos? Tem pólipos associados? Paciente é jovem? Paciente tem condição clínica? Poderá realizar a cirurgia posteriormente, caso inicie sintomas? Paciente deseja operar?

Após uma série de avaliações, o/a especialista define, junto ao paciente, qual a melhor estratégia para o caso.

Tenho pedras na vesícula e não sinto nada. Preciso operar?

Depende! Talvez você precise operar sim, mesmo sem sentir nada.

Mas o que você precisa, com certeza, é procurar um(a) cirurgiã(o). Te digo o porquê.

  • Mesmo sem sentir nada, existem alguns fatores que devem ser avaliados pelo especialista:
  • Um cálculo? Múltiplos cálculos?
  • Que tamanho são os cálculos?
  • Paciente é diabético?
  • Paciente tem facilidade de recorrer ao pronto socorro caso haja necessidade?

 

Essas e outras perguntas devem ser questionadas ao paciente portador de cálculo na vesícula para daí decidir ou não pela cirurgia.

pedra-na-vesicula-duvidas-frequentes

Neste episódio nossa neurocirurgiã Aline Campos e Caroline Petersen, cirurgiã do Aparelho Digestivo, esclarecem as dúvidas mais frequentes a respeito das pedras na vesícula… ESCUTAR

Causa pedras na vesícula

As pedras na vesícula podem ser causadas por uma série de fatores, como níveis de colesterol LDL elevados e uma dieta rica em gorduras e carboidratos, por exemplo.

  • Dieta rica em gordura;
  • Sobrepeso ou obesidade;
  • Cirrose;
  • Sedentarismo;
  • Diabetes mellitus;
  • Gravidez;
  • Uso prolongado de anticoncepcionais.

Por que a pedra na vesícula dói?

Quando a vesícula biliar armazena a bile produzida pelo fígado, essa substância fica lá até a chegada do alimento no intestino.

Quando o alimento chega, começa um processo de contração da vesícula para esvaziar o conteúdo biliar em até 75% do que foi armazenado para que a bile se encontre com o alimento e possa ajudar na digestão do mesmo.

Na presença de cálculos na vesícula, um deles pode obstruir a saída de bile e, nesse caso, a vesícula se contrair de maneira muito intensa para tentar “ultrapassar” a obstrução.

Daí vem a dor.

Se essa obstrução for persistente, várias substâncias serão liberadas e vão gerar a inflamação da vesícula.

Isso também vai dar dor, nesse caso como colecistite.

E se, devido a contração da vesícula, um cálculo pequeno sair junto com bile e essa pedrinha ficar “entupida” na via biliar, o paciente também vai sentir muita dor, nesse caso, cólica coledocociana.

E aí? Sabia que o cálculo na vesícula pode gerar todos esses tipos de dor?

Conheça um pouco mais sobre a Dra. Caroline Petersen, aproveite para seguir o Instagram e ficar sempre atualizado!

Trajetória

Conheça em detalhes a trajetória da Dra. Caroline Petersen:

  • Formada em Medicina pela Universidade Estadual do Piauí (2012).
  • Fez residência em Cirurgia Geral (2013-2015) e em Cirurgia do aparelho digestivo (2015-2017), ambas pela Irmandade da Santa Casa de São Paulo.
  • Atuação na Equipe de Emergência/Pronto Atendimento do Hospital São Luiz Gonzaga 2015-2017.
  • Possui mestrado em Hepatocarcinoma – Câncer de Fígado (2017-2018) e aperfeiçoamento em Fígado e Hipertensão Portal, ambos pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017-2019).
  • Instrutora do curso ATLS (Advanced Trauma Life Support) e é titular especialista do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, além de possuir certificação para área de atuação em Cirurgia do Trauma (2020).
  • Membro da Equipe de Cirurgia do Hospital Estadual de Francisco Morato 2016- 2021.
  • Membro da Equipe de Cirurgia do Hospital Estadual de Franco da Rocha 2017- 2021.
  • Especialização em ensino em saúde pela USP 2020-2021.
  • Atuação na Equipe de Emergência/Pronto Atendimento do Hospital Central da Santa Casa de Misericórdia desde 2017.
  • Preceptora dos residentes de cirurgia geral e cirurgia do aparelho digestivo da santa casa de São Paulo.
  • Preceptora dos alunos da Faculdade Anhembi.
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